A reforma tributária finalmente se tornou realidade no Brasil. Depois de mais de 30 anos de discussões, debates acalorados no Congresso e resistência de diversos setores, a proposta foi aprovada e começou a ser implementada. Mas, se engana quem pensa que ainda dá para esperar: as novas regras já começaram a impactar empresas de todos os tamanhos, e quem não agir agora pode pagar caro nos próximos anos.
A seguir, explicamos o que é a reforma tributária, por que ela foi criada, quando entra em vigor, o que muda de fato no dia a dia das empresas e quais ajustes urgentes precisam ser feitos para garantir compliance fiscal, planejamento tributário eficiente e competitividade.
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Por que o Brasil precisava de uma reforma tributária?
O sistema tributário brasileiro é, historicamente, um dos mais complexos e burocráticos do mundo. Segundo o Banco Mundial, as empresas no Brasil gastam em média 1.501 horas por ano para cumprir obrigações fiscais, o maior tempo entre todos os países pesquisados.
Além disso, o sistema atual é marcado por:
- Múltiplas alíquotas para um mesmo produto ou serviço;
- Cobrança em cascata;
- Regimes diferenciados por estado e setor;
- Disputas federativas e guerra fiscal;
- Insegurança jurídica constante.
Com a reforma tributária, o objetivo central é simplificar essa estrutura, aumentar a transparência na cobrança de tributos e estimular a competitividade do setor produtivo.

Quem criou a reforma tributária e quando ela entra em vigor?
A proposta de reforma tributária foi construída por meio da PEC 45/2019, de autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), com base em estudos do economista Bernard Appy (hoje secretário extraordinário da Reforma Tributária no Ministério da Fazenda).
Após anos de tramitação, a PEC foi aprovada em 2023 e começa a ser implementada de forma gradual a partir de 2026, com transição até 2033.

Quais impostos serão substituídos com a reforma tributária?
O principal eixo da reforma é a substituição de cinco tributos por dois:
Extintos:
- PIS
- Cofins
- ICMS (estadual)
- ISS (municipal)
Criados:
- CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) – federal
- IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) – estadual e municipal
Juntas, essas duas novas siglas compõem o IVA dual brasileiro, inspirado em modelos europeus.

O que muda de verdade na prática?
1 – Fim da cumulatividade: hoje, muitas empresas pagam impostos em cadeia, sem direito a compensação integral de créditos. A reforma implementa o princípio da não cumulatividade plena, permitindo que todo imposto pago na etapa anterior seja abatido.
2 – Tributação no destino: a cobrança passará a ser feita no local de consumo, não na origem da mercadoria. Isso afeta especialmente empresas que vendem para outros estados e se beneficiavam da guerra fiscal.
3 – Alíquota única para bens e serviços: a reforma extingue as alíquotas específicas para cada produto/serviço, criando uma alíquota padrão que vale para tudo. Estima-se que a alíquota total do novo IVA fique entre 25% e 27%, segundo o Ministério da Fazenda.
4 – Regime de transição: entre 2026 e 2033, as empresas precisarão operar com dois sistemas em paralelo: o antigo e o novo. Ou seja, será um período de complexidade ampliada, exigindo sistemas contábeis preparados e uma gestão tributária eficiente.

Como sua empresa será impactada?
1 – Alterações nos sistemas ERP: todos os sistemas de gestão precisarão ser atualizados para permitir a apuração correta da CBS e do IBS. Isso envolve alterações de layout, parametrizações fiscais, cálculo de crédito e escrituração fiscal digital.
2 – Revisão de precificação: com o fim da cumulatividade e a nova estrutura de alíquotas, o custo tributário pode aumentar ou diminuir dependendo da cadeia produtiva. Empresas precisarão rever suas políticas de preços.
3 – Reorganização do planejamento tributário: modelos otimizados para a lógica atual podem se tornar ineficazes ou até perigosos com a reforma. Será preciso rever:
- Incentivos fiscais estaduais
- Operações interestaduais
- Planejamento de fluxo de caixa
4 – Reavaliação de contratos: contratos de longo prazo, especialmente com cláusulas tributárias fixas, devem ser revisitados para contemplar o novo modelo.

Dados que comprovam a urgência
Segundo levantamento da Omie (ERP), apenas 18% das pequenas e médias empresas afirmam ter feito algum tipo de diagnóstico sobre os impactos.
Além disso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê um aumento temporário de carga tributária para alguns setores se não houver ajustes imediatos.
E o que as empresas precisam fazer agora?
1 – Diagnóstico tributário completo: a primeira medida é avaliar como a nova tributação impactará a operação atual: alíquotas, regimes, créditos, obrigações acessórias e fluxo de caixa.
2 – Revisar a estrutura societária: empresas com filiais em diversos estados precisarão avaliar se a estrutura societária atual continua sendo vantajosa sob o novo modelo.
3 – Atualizar sistemas e ERPs: a adequação do sistema ERP é crítica. Isso inclui:
- Módulos fiscais compatíveis com CBS e IBS
- Configuração de regras de crédito tributário
- Integração com eNotas e SPED atualizado
4 – Capacitação da equipe: contadores, fiscais e administradores devem ser treinados para operar no novo modelo. O erro de interpretação pode custar caro.
5 – Implementar um plano de transição: a transição entre os regimes precisa ser planejada com cronograma, etapas e acompanhamento técnico especializado.

Por que contar com uma consultoria especializada em reforma tributária?
A complexidade da reforma tributária exige mais do que boa vontade. Ela exige conhecimento técnico, experiência em sistemas fiscais e uma visão estratégica do negócio.
Uma consultoria especializada pode ajudar sua empresa a:
- Mapear os impactos fiscais reais;
- Reestruturar contratos, sistemas e políticas internas;
- Atualizar seu ERP de forma segura;
- Evitar riscos de autuações e multas;
- Otimizar a carga tributária no novo modelo.

Como a NovaThuler pode ajudar?
A NovaThuler é uma consultoria tributária com foco em parametrização fiscal, planejamento estratégico e adequação à legislação. Com expertise em múltiplos segmentos e profundo conhecimento em ERP e compliance, oferecemos:
- Diagnóstico fiscal completo com base na reforma;
- Parametrização de sistemas ERP (TOTVS, SAP, Omie etc.);
- Acompanhamento de transição e cumprimento de obrigações;
- Capacitação da equipe contábil e fiscal;
- Suporte jurídico-tributário especializado.
Estamos preparados para conduzir sua empresa por esse novo cenário com segurança, clareza e eficiência.
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